Consumo de frutos do mar e a COVID-19: O que você precisa saber

De acordo com um grupo diversificado de cientistas, liderados por Melba Reentaso – FAO, et all: Peixes, Camarões e Demais Frutos do Mar Cultivados, são uma escolha segura para os consumidores (Asian Fishery Sciency, 2021).

De acordo com um grupo de cientistas que apresentaram suas descobertas em um novo estudo, recentemente publicado pela Revista Asian Fishery Siency, 2021, sehá uma proteína animal que pode ser consumida sem preocupação durante a atual pandemia de COVID-19, são os frutos do mar.

O artigo revisado por pares, que foi publicado na Asian Fisheries Science conclui que o SARS-CoV-2 não pode infectar alimentos de animais aquáticos e que o vírus não tem papel direto na disseminação de COVID-19 para humanos.

O artigo, em resposta a alguns rumores sobre frutos do mar e COVID-19, foi escrito por especialistas em saúde de animais aquáticos, aquicultura, pesca, segurança alimentar e veterinária de organizações como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

“A redução do consumo de animais aquáticos para alimentação foi relatada em alguns países, em parte devido a equívocos sobre o risco de transmissão viral”, disse o jornal, enfatizando que os animais aquáticos – incluindo peixes e crustáceos de criação – ainda são uma escolha segura para os consumidores.  “Atualmente, não há evidências que sugiram que o SARS-CoV-2 pode infectar animais aquáticos (por exemplo, peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios) e, portanto, esses animais não desempenham um papel epidemiológico na disseminação do COVID-19 para humanos. Animais aquáticos e seus produtos, como qualquer outra superfície, podem ser potencialmente contaminados com SARS-CoV-2, especialmente quando manipulados por pessoas infectadas com o vírus. No entanto, com o manuseio adequado dos alimentos e saneamento, a probabilidade de contaminação de animais aquáticos ou seus produtos com SARS-CoV-2 deve ser insignificante ”, disseram os cientistas.

A seguir se apresenta as principais conclusões do artigo:

O SARS-CoV-2, a causa da doença coronavírus (COVID-19) em humanos, não é conhecido por infectar animais aquáticos usados ​​como alimento nem contaminar seus produtos.

Animais aquáticos para alimentação não desempenham um papel epidemiológico na disseminação de COVID-19 para humanos; assim, há um benefício adicional ao seu consumo, pois são reconhecidamente uma fonte saudável de proteína animal. Isso deve ser comunicado a todas as partes interessadas e ao público para esclarecer quaisquer equívocos sobre este vírus.

Como acontece com qualquer superfície, os animais aquáticos e seus produtos podem ser potencialmente contaminados com SARS-CoV-2 quando manipulados por pessoas infectadas e eliminando ativamente o vírus. Embora o risco real de contato com produtos contaminados seja desconhecido, o consumo de frutos do mar é seguro, desde que preparado e servido de acordo com as medidas de higiene e segurança alimentar recomendadas.

A pandemia COVID-19 pode afetar indiretamente os meios de subsistência, a segurança alimentar e a nutrição de populações que dependem de animais aquáticos como fonte de alimento ou renda, devido a medidas de bloqueio. No entanto, também pode levar a um aumento no consumo da comunidade local e / ou utilização de animais aquáticos para alimentação devido ao transporte e comércio limitados fora das comunidades de pesca e colheita ou suprimentos limitados de fontes alternativas de proteínas animais.

 A saúde dos humanos está inter-relacionada com a saúde dos animais e do meio ambiente, conceito conhecido como “Uma Saúde”; portanto, a saúde de todos os organismos vivos é de suma importância. Boas práticas de aquicultura e biossegurança permitem a produção de uma fonte saudável de proteína animal aquática.

Até o momento, existem muitas incógnitas a respeito do SARS-CoV-2. Sendo que à medida que novas informações se tornam disponíveis por meio de estudos revisados ​​por pares, devemos melhorar continuamente nossa compreensão do vírus e avaliar quaisquer riscos potenciais que possam surgir para os sistemas alimentares da pesca e da aquicultura.