Na tarde de terça-feira (02/03/21), o Presidente da ABCC (Itamar Rocha) acompanhado do Vice Presidente (Newton Bacurau) e do Diretor Financeiro (José Bonifácio) estiveram reunidos na Fazenda Regomoleiro em São Gonçalo do Amarante, com o Presidente da ANCC Orígenes Monte, quando na oportunidade foram discutidos, dentre outros problemas confrontados pelo Setor Carcinicultor Potiguar e Brasileiro, os seguintes assuntos:
1 – As dificuldades de acesso a financiamentos do BNB e da Caixa Econômica Federal, a persistência dos problemas do Licenciamento Ambiental e principalmente a crise que se anuncia, com a injustificada mas real, queda dos preços na comercialização do camarão, cujas alternativas passam sempre: por acesso a créditos de custeio, processamento, agregação de valores e estoque do produto acabado, como forma de aumentar a vida de prateleira do produto disponibilizado ao mercado interno, permitindo inclusive, um melhor planejamento sobre a política de preços, além de contribuir para a redução do volume disponibilizado ao mercado brasileiro;
2 – Na parte da tarde, já na sede da ABCC, foi realizada uma reunião sequencial com a participação de Itamar Rocha, José Bonifácio pela ABCC, do consultor e Engenheiro de Pesca Charles Mendonça, juntamente com o representante comercial da UNIPESCA, Jorge Neto, quando foram avançadas as discussões sobre a realidade e a necessidade de priorização dos processos de industrialização do camarão cultivado, incluindo uma atenção às Unidades de Processamento do camarão cultivado para atender o Mercado Interno, com a promoção de cursos de capacitação decentralizados, até como forma de facilitar a interiorização dos processamentos e vendas do camarão na própria área de produção no interior dos estados produtores.
Em ambas as reuniões, ficou muito claro que o setor está demandando um maior envolvimento das suas lideranças, notadamente para a organização setorial (micros e pequenos produtores), com vistas ao acesso a financiamento, disponibilizados pelo BNB, BB e Caixa Econômica Federal, como forma de reduzirmos a dependência das vendas / compras a qualquer preços, como estão sendo praticados atualmente pela cadeia de intermediação.
Por outro lado, considerando que a produção de camarão de 2020 (120.000 t), a despeito da crise dos preços, continuará crescendo em 2021, a ABCC, com apoio do BNB, estará publicando um Atualizado e Ilustrado “Manual de Procedimentos em Boas Práticas de Manejo, Biossegurança e Processamento de Camarão”, que será disponibilizado para toda “cadeia produtiva da carcinicultura brasileira”, o que associado a uma série de vídeos ilustrativos (06), trarão uma grande contribuição para a capacitação setorial, em preparação ao necessário e imprescindível retorno do camarão cultivado do Brasil ao mercado internacional, já à partir de 2021.