Nesse grave momento de enfrentamento e convivência com a COVID-19, quando se considera que a carcinicultura marinha brasileira, diferentemente das demais atividades do pujante agronegócio brasileiro, foi duramente afetada, em especial, pela radical política de isolamento social, com o fechamento de bares, restaurantes, hotéis e feiras livres, o que associado ao fato de 100% da sua produção se destinar às feiras livres e aos mercados institucionais, provocou um grave choque na sua sustentabilidade econômica.
De forma que, a despeito das ações e iniciativas da ABCC, junto ao Governo Federal, bem como, de alguns grandes produtores, no sentido de iniciar operações de exportações, acreditamos que não haverá uma solução emergencial, pelo que, no nosso lúcido entendimento, a saída mais viável para um continuado escoamento da produção de camarão cultivado do Brasil, sem nenhum demérito às louváveis iniciativas do “Grupo Camarão BR”, será sem dúvida, a realização de um “conjugado esforço”, por parte dos “micros, pequenos e médios” produtores de camarão, no sentido de ampliar a capilaridade das vendas internas.
Nesse sentido, vimos conclamar a todos, para efetivamente se engajarem nesse processo de substituição da “cadeia de intermediação”, que tem se mostrado contrária aos interesses dos produtores, o que necessariamente, irá exigir ações de promoção e de um esforço continuado e integrado, tanto para uma maior e mais efetiva campanha de promoção, como de ações para a disseminação dos nossos produtos, nas suas mais variadas apresentações: in natura, semi-elaborados, elaborados (sem cabeça ou filé), incluindo festivais, cursos de gastronomia e livros ilustrativos com as mais variadas e deliciosas receitas.
O que naturalmente, exigirá uma coordenada ação de interiorização das vendas, com pontos fixos de distribuição dos produtos, nas cidades / regiões polos, com poder aquisitivo médio-alto, levando em conta, que o Brasil possui mais de 5.500 cidades, das quais, 322 contam com mais 100.000 habitantes, com destaque para 17 acima de 1.000.000 de habitantes, 30 entre 500.000 à 1.000.000 e, 275 entre 100.000 à 500.000 habitantes (IBGE,2019), sendo que a atual rede de distribuição e vendas do nosso camarão, não atinge 100 cidades, mesmo assim, com vendas de camarão a preços finais elevados ou mesmo proibitivos!
Por isso, vimos chamar a atenção de todos, para o injustificado baixíssimo consumo interno de camarão (0,58 kg/per capita/ano), incluído o camarão extrativo, do Brasil em 2019, quando na realidade, um produto nobre e de alta performance nutricional, notadamente no quesito da imunidade, inclusive, no tocante ao seu destacado papel sobre o declínio cognitivo e das placas beta-amidaloides, associadas à “doença do Alzheimer”, está sendo vendido pelo produtor, por “preços baixíssimos, na verdade, surreais”, pelo que não temos dúvidas, (claro que os “espertos”, não expertos, sempre irão contestar), de que o mercado interno do Brasil, pode absorver, sem aniquilar com os produtores, pelo menos 350.000 toneladas, um volume bem maior do que a produção atual (90.000 t).
Na verdade, quando se compara, vis-à-vis, a situação do consumo interno de camarão entre Brasil e México, sem considerar todas as demais vantagens competivas do Brasil, salta aos olhos que temos condições de ampliar as vendas internas de camarão, para no mínimo, 3 (três) vezes o volume atual:
Na verdade, quando se compara, vis-à-vis, a situação do consumo interno de camarão entre Brasil e México, sem considerar todas as demais vantagens competitivas do Brasil, salta aos olhos que temos condições de ampliar as vendas internas de camarão, para no mínimo, 3 (três) vezes o volume atual:
1- Brasil: (PIB-US$ 2,055 trilhões; população de 210.147.000; PIB per capita (US$ 9.821,00); IDH 0,761; Salário Mínimo (US$ 208,00); Consumo de camarão per capita (0,58 kg); consumo total (122.327 t), 2- México (PIB-US$1,149 trilhões); população de 123.154.000; PIB per capita (US$ 8.903,00); IDH 0,767; Salário Mínimo (US$ 164,00); Consumo de camarão per capita (1,68 kg); consumo total (206.899 t).
Na verdade, quando se compara, vis-à-vis, a situação do consumo interno de camarão entre Brasil e México, sem considerar todas as demais vantagens competivas do Brasil, salta aos olhos que temos condições de ampliar as vendas internas de camarão, para no mínimo, 3 (três) vezes o volume atual:
1- Brasil: (PIB-US$ 2,055 trilhões; população de 210.147.000; PIB per capita (US$ 9.821,00); IDH 0,761; Salário Mínimo (US$ 208,00); Consumo de camarão per capita (0,58 kg); consumo total (122.327 t),
2- México (PIB-US$1,149 trilhões); população de 123.154.000; PIB per capita (US$ 8.903,00); IDH 0,767; Salário Mínimo (US$ 164,00); Consumo de camarão per capita (1,68 kg); consumo total (206.899 t).
Por outro lado, não podemos deixar de destacar que os principais produtores e exportadores mundiais de camarão marinho cultivado, já estão anunciando 3º trimestre de 2020, a completa recuperação das importações setorial, inclusive, projetando um nível de crescimento superior ao ano de 2019.
Vamos à luta!! Unidos e Determinados, Lograremos Êxito !!!
Abraços,
Itamar Rocha / Presidente da ABCC