A utilização de probióticos na aquicultura via alimentação, influencia positivamente o crescimento dos animais através do ganho de peso e do aumento do comprimento corporal.
Os dois principais mecanismos envolvidos para ocorrer esses benefícios são o aumento do apetite e a melhor digestibilidade dos alimentos. Os probióticos quando presentes no intestino podem otimizar a utilização de nutrientes e minerais. Os parâmetros que influenciam a condição nutricional são dependentes da qualidade da ração, da fisiologia digestiva e do estado de saúde do animal.
Os micro-organismos probióticos influenciam diretamente a fisiologia enzimática do intestino através da produção de enzimas digestivas, dentre elas proteases, lipases, amilases, celulases, capazes de atuar na quebra de moléculas complexas em estruturas mais simples e fáceis de absorver pelo hospedeiro.
Esta atividade enzimática pode ocorrer pela estimulação da produção de enzimas endógenas ou pela contribuição das enzimas exógenas produzidas pelos micro-organismos administrados.
A atuação enzimática da microbiota probiótica contribui para um melhor coeficiente de digestibilidade de matéria seca, proteína bruta, lipídeos, fósforo, aminoácidos essenciais, aminoácidos não essenciais e ácidos graxos, o que influencia diretamente em melhores fatores de conversão alimentar.
A proteína presente na alimentação é considerada um nutriente determinante para o ganho de massa corpórea e para o crescimento dos animais. Desta forma, o uso de linhagens probióticas produtoras de proteases é considerado um excelente recurso para aumentar a atividade proteolítica no intestino do hospedeiro, facilitar a digestão de proteínas e absorção de aminoácidos.
Fonte: Revista ABCC Edição Junho de 2017.