A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em cooperação com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços / MDIC, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento / MAPA e a Associação Brasileira de Criadores de Camarão / ABCC, estão realizando ações para o enfrentando do Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV), um dos agentes patogénicos mais graves que afeta o cultivo do camarão branco do pacífico Litopenaeus vannamei. Espécie esta que é uma das mais importantes mercadorias da aquicultura mundial, com uma produção global no valor de quase US$ 19 bilhões. Este evento, de 4 dias de duração (maio 3 a 6), foi realizado através do projeto FAO “TCP/INT/3501: Fortalecimento da governança e capacidades de biossegurança para lidar com a doença grave do Vírus da Mionecrose Infecciosa do camarão (IMNv)”. O workshop compartilhou informações sobre Sistemas de Preparação e Resposta de Emergência nos 6 países participantes e está elaborando um Plano de Estratégia de Doença para o IMNv. Adicionalmente, o workshop preparou um projeto de vigilância ativa para IMNv e uma estrutura para o desenvolvimento de uma Estratégia Nacional de Saúde de Animais Aquáticos. O workshop também deliberou sobre medidas/ações sanitárias adequadas de exportação/importação para camarão vivo e produtos de camarão de países livres e países que não estão isentos de IMNv, bem como a aplicação prática do zoneamento de biossegurança e manutenção do status livre da doença. Cerca de 25 delegados representantes da China (Instituto de Pesquisa de Pesca do Mar Amarelo da Academia Chinesa de Ciências da Pesca), Equador (Instituto Nacional da Pesca), Indonésia (Ministério de Assuntos Marinhos e Pesca), México (Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade dos Alimentos), Tailândia (Departamento de Pesca), especialistas da FAO do Canadá, Chile e EUA e brasileiros locais representantes os setores governamental, acadêmico e de produção participaram desse importante evento. Um seminário técnico de meio dia para as diversas partes interessadas da aquicultura (carcinicultura) foi realizada para compartilhar experiências de países e peritos sobre doenças importantes do camarão e outras questões emergentes que afetam a aquicultura.
O Dr. Rodrigo Roubach, ao dar as boas-vindas aos delegados, destacou o trabalho desenvolvido pela indústria brasileira de camarão junto com o governo para melhorar a governança e a gestão e o estado de saúde do camarão de cultivo, especialmente para enfrentar os desafios das doenças do camarão. Neste sentido, o presente projeto da FAO TCP é extremamente importante para uma melhor compreensão desses desafios e uma cooperação mais estreita entre os principais produtores mundiais de camarão, a fim de oferecer uma resposta mais eficiente e sistemática aos futuros surtos de doenças por meio de uma melhor governança do setor.
Left to right (first row): Bambang Hanggono (Indonesia), Shayene Marzarotto (Brazil), Mukti Sri Hastuti (Indonesia), Narciso Químiz (Ecuador), Ulbio Nieto (Ecuador), Jumroensri Thawonsuwan (Thailand), Jaree Polchana (Thailand), Melba Reantaso (FAO Rome), Feng-Jyu Tang-Nelson (USA), Yan Liang (China), José Jerônimo Filho (Brazil).
Second row: Eduardo Cunha (Brazil), Rodrigo Roubach (Brazil), Joaquin Escobar-Dodero (Chile), Fernando Mardones (Chile), Isabella Fontana (Brazil), Jie Huang (China), Maurício Villasuso (Mexico),
Third row: Richard Arthur (Canada), José Pereira (Brazil) and Marcelo Lima (Brazil).