O agronegócio do camarão cultivado já assumiu importância social crescente na Região Nordeste, que responde por 99,7% da produção nacional com a participação de 2.500 produtores em 25.000 hectares de viveiros e uma produção de 76.000 toneladas em 2015. Sua cadeia produtiva contribuiu para a geração de 50.000 empregos e a obtenção de uma receita de R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais). Vale ainda ressaltar o fato de que a atividade utiliza sistemas de produção semi-intensivos e intensivos em áreas relativamente pequenas, pelo que se ajusta aos programas de inclusão social, inclusive com o protagonismo do pequeno produtor rural, destacando-se como uma atividade que independe das chuvas e que se molda perfeitamente a programas de integração ou consórcio com empresas âncoras ou em regime de cooperativas. A análise da composição da carcinicultura nacional mostra que 60% dos produtores estão classificados como micro, 15% como pequenos, 20% como médios e apenas 5% como grandes, tendo como destaque a utilização de 88% de mão de obra rural de escassa qualificação profissional, incluindo uma parcela significativa (14%)de mão de obra feminina, sendo 100% no primeiro emprego, nas indústrias de beneficiamento, o que reforça e confirma a sua importância social.
Notadamente quando se considera que esse desenvolvimento, ocorre em plena harmonia com um ambiente equilibrado, tanto no contexto da qualidade físico-química como dos aspectos microbiológicos da água utilizada para o seu processo produtivo.