Segundo a FAO, a produção mundial da cadeia do pescado chegou a 170,3 milhões de toneladas em 2014, movimentando US$ 600 bilhões. Só as exportações chegam a US$ 140 bilhões de dólares todos os anos. Deste montante, o Brasil contribui com apenas US$ 246,1 milhões.
Em realidade, o nosso país tem tudo para mudar este quadro e ser um dos protagonistas mundiais desse setor. Porque possui a maior reserva de água doce do mundo, cerca de 4,5 milhões de km2 de zona econômica exclusiva(ZEE) com temperatura adequada para a produção e 5,5 milhões de terras alagadas entre outros potenciais. Se houver uma exploração racional das suas áreas aquícolas, o Brasil poderá produzir de 30 a 50 milhões de toneladas de pescado/ano. Se usasse somente este potencial, o país estaria seguramente entre os três maiores produtores de pescado do mundo, notadamente, porque além das excepcionais condições edafo-climáticas, já é um dos maiores produtores mundiais de farelo de soja, principal ingrediente das rações balanceadas. Um outro exemplo é a negociação do Brasil com organismos internacionais para aumento da nossa cota na pesca oceânica dos grandes peixes migratórios (atuns e afins), o que juntamente com a atração de parceiros e a certificação da nossa produção, possibilitará ao País o aumento significativo da sua exploração, bem como outros peixes que o Brasil possui, passando a ser exportador dessas commodities.