“Essa câmara será provisória, com um ano de duração, prorrogável por mais um ano. O tempo será o necessário para que a gente organize o setor e as demandas dentro o ministério”, explicou a ministra, acrescentando que, após sua conclusão, a câmara da carcinicultura deverá ser englobada pelas câmaras de pesca e aquicultura, que futuramente também deverão ser criadas.
Kátia Abreu dedicará esta quarta-feira a ouvir as demandas da pesca e da aquicultura, setores que foram englobados mês passado pelo Ministério da Agricultura devido à reforma ministerial. Às 14h30, serão recebidos representantes da pesca e, às 17h, da aquicultura.
Kátia Abreu afirmou que o país tem potencial para aumentar a produção e a exportação de camarão, estimulando inclusive o consumo interno. Para isso, é necessário reduzir custos por meio de pesquisa e tecnologia, além de elaborar políticas públicas de incentivo ao setor. Outros países, como Estados Unidos, já demonstraram interesse em importar o produto do Brasil.
“Queremos ser grandes produtores e exportadores de camarão e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar os criadores”, afirmou a ministra. Além de vislumbrarem possibilidade de aumento do consumo interno de camarão, os criadores pretendem exportar para a Ásia, Europa e Estados Unidos.
Demandas
Entre as principais demandas, está a dificuldade em obter licenciamento ambiental estadual e a cobrança de PIS e COFINS da ração, do camarão e das importações. O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCCAM), Itamar Rocha, ainda cobrou a elaboração de uma política pública para investimento e custeio da carcinicultura e um programa de pesquisa e tecnologia voltado para o setor, inclusive com estudos sobre melhoramento genético.
A ministra afirmou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai preparar uma apresentação sobre os estudos relacionados ao setor. Além disso, o Mapa fará um programa de defesa agropecuária da carcinicultura a fim de evitar contaminação por pragas exóticas e de manter o controle dos vírus que atingem a produção no Brasil.
Os criadores presentes agradeceram ao apoio do Mapa e demonstram otimismo em relação ao crescimento da carcinicultura no Brasil. “A senhora representa uma esperança para o setor. Conte com nosso apoio”, afirmou o presidente da Associação Norte Riograndense de Criadores de Camarão, Orígenes Monte.
(Redação – Agência IN)