EM 04 DE SETEMBRO DE 2013 AS 09H06
Desvalorização do real e quebra na produção de países asiáticos ajudaram. Notícia agradou os criadores do Rio Grande do Norte.
Fonte: Globo Rural
Foram nove anos amargando quedas consecutivas na exportação de camarão. O câmbio, até então mais baixo, não incentivou investimentos e os criadores ainda enfrentaram problemas por causa de um vírus que prejudica a aparência e causa a morte precoce do crustáceo.A produção da China, líder há oito anos nesse mercado, caiu por causa este ano por causa da mortalidade do camarão causada pelo mesmo vírus que atacou o camarão brasileiro. Por causa disso, os países europeus estão novamente abrindo as portas para o Rio Grande do Nortee o estado voltou a exportar para a Europa.A primeira carga de camarão confirmando a retomada das exportações partiu rumo à França no fim de julho. Foram 100 toneladas apenas, pouco, já o suficiente para encher de expectativas os criadores nordestinos, que estão animados principalmente com o preço: o quilo do camarão clássico, que no Brasil custa R$ 11, é vendido na Europa por US$ 6,82, variando de acordo com o câmbio entre R$ 15 e R$ 17 o quilo.“Já podemos comemorar, não está no bolso ainda o resultado, mas a pressão de compra do mercado externo está muito grande. Já foram realizadas vendas do Rio Grande do Norte e do Ceará em quantidades significativas em um mês em que não é normal se vender camarão”, explica o criador Orígenes Monte.A Associação dos Criadores de Camarão do Rio Grande do Norte estima que o estado chegue a produzir 14 mil toneladas do crustáceo este ano. Metade deve ir para fora do Brasil.